Polícia FAMÍLIA PEDE JUSTIÇA
Pai suspeito da morte do filho é liberado pela Justiça para acompanhar velório, mas não comparece por falta de escolta
Ian Rocha, de dois anos, foi sepultado nesta quarta-feira (11), em Santa Luzia, na Grande BH.
11/01/2023 20h43 Atualizada há 3 anos
Por: Redação

“A minha família está acabada, está destruída, a gente está sem acreditar. A única coisa que a gente quer é Justiça, só isso. Não quero falar mais nada, é isso, a justiça tem que ser feita”, disse Daiane Araújo, tia de Ian Henrique de Almeida Rocha, bastante emocionada, durante o velório do garoto.

Familiares e amigos se despediram, nesta quarta-feira (11), do menino de dois anos que teve morte encefálica na terça-feira (10).

O pai dele, suspeito de cometer maus-tratos que levaram à morte do garoto, foi liberado pela Justiça para acompanhar o velório e o sepultamento, mas não compareceu, por falta de escolta, segundo a Polícia Militar.

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O enterro foi realizado às 17h no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em Santa Luzia, na Grande BH. Na Capela da Funerária Santa Luzia, o garoto estava sendo velado desde às 15h.

Prisão preventiva

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Ainda na terça-feira, a Justiça converteu para prisão preventiva a custódia do pai e da madrasta do menino, suspeitos de maus-tratos contra Ian.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que Márcio da Rocha Souza, de 31 anos, e Bruna Cristine dos Santos, de 34 anos, permanecem no sistema prisional. Eles haviam sido presos por suspeita de lesão corporal contra Ian, mas a Justiça considerou que houve crime de maus-tratos.

De acordo com Fabrício Costa, advogado da mãe de Ian, a família quer respostas.

“Nós vamos buscar todos os meios possíveis para garantir que de fato haja total resposta. É o que a família quer, resposta do que houve. A Polícia Civil já está de posse desse caso e nós vamos acompanhar”, disse.

A Polícia Civil informou que abriu inquérito e investiga o caso.

Relembre

Ian Henrique deu entrada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII no último domingo (8), com uma lesão na cabeça, escoriação no queixo e edema na testa, além de ter sofrido duas paradas cardiorrespiratórias.

Médicos do hospital desconfiaram dos ferimentos e das versões apresentadas pelo pai e pela madrasta e acionaram a Polícia Militar (PM). Eles moram no bairro Jaqueline, na Região Norte da capital mineira.