O homem acusado de matar o funcionário de uma concessionária na Pampulha, em Belo Horizonte, no último dia 28 de maio, começará a ser julgado nesta terça-feira (26/11). A primeira audiência de instrução será no Fórum Lafayette, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Mais de 10 testemunhas de acusação e de defesa serão ouvidas, além do réu, se houver tempo.
Caso seja necessário, outra audiência poderá ser agendada para ouvir as outras testemunhas ou mesmo o próprio acusado. Ele foi denunciado pelo crime de homicídio cometido por motivo fútil, com recurso que dificultou a defesa da vítima e por perigo comum. Isso porque o assassinato foi cometido em plena luz do dia, dentro de uma concessionária frequentada por várias pessoas.
Relembre o crime
O idoso de 65 anos foi morto a tiros dentro da concessionária no bairro Liberdade, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, no dia 28 de maio. O vendedor imobiliário Marcelo Lima de Barros, de 57 anos, foi preso e afirmou ter cometido o assassinato para se vingar. Ele dizia acreditar ter sido prejudicado pela vítima por uma manutenção no carro dele em 2022.
O assassinato foi registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento. A gravação mostra o momento em que o trabalhador vai até o seu guichê de atendimento. Na sequência aparece o atirador, que vestia camisa preta.
Funcionários e clientes que estavam na concessionária deixaram o local correndo. Nas imagens, é possível ver um vendedor tentando se esconder do atirador, que também deixa a loja.
Sobre a arma usada no crime, o homem disse que havia comprado em um grupo de tiro em 2001. Contudo, o artefato estava com a numeração raspada, o que torna o porte ilegal, ainda que houvesse autorização. O preso também possui antecedentes criminais por uma investigação que o apontou como suspeito de abuso sexual contra a própria filha.
Concessionária nega que suspeito tenha sido cliente
Em nota, na época, o grupo Líder, proprietário da Concessionária Mila, afirmou que o suspeito dos disparos “nunca foi cliente” da empresa. Além disso, disse desconhecer “qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos e as normas da empresa, que sempre prezam pela boa conduta”.
A concessionária lamentou a morte do funcionário e “se solidariza com os familiares e amigos do colaborador”.