Polícia FEMINICÍDIO
Justiça decreta prisão preventiva de policial penal afastado suspeito de matar namorada
Rodrigo Caldas Fonseca, de 45 anos, é suspeito de matar a própria namorada, Priscila Mundim, de 46, em Belo Horizonte.
19/08/2025 05h18 Atualizada há 2 meses
Por: Diego Jorge
Rodrigo Caldas, suspeito do feminicídio contra Priscila Azevedo Mundim. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça decretou, na noite desta segunda-feira (18/08), a prisão preventiva do policial penal Rodrigo Caldas Fonseca, de 45 anos, suspeito de ter matado a namorada Priscila Mundim, de 46 anos. O crime ocorreu no último sábado (16/08), em um apartamento no bairro Padre Eustáquio, na Região Noroeste de Belo Horizonte.

A decisão foi assinada pela juíza Juliana Beretta Pinto, que destacou a gravidade dos fatos narrados no processo. Ainda conforme o despacho, o policial deverá passar por exame de corpo de delito após receber alta hospitalar.

De acordo com a decisão judicial, os relatos apontam indícios de que a morte da vítima teria ocorrido por estrangulamento e golpes no corpo, havendo também a suspeita de motivação ligada à violência de gênero.

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Atualmente, o suspeito segue internado no Hospital João XXIII, na Região Centro-Sul da capital, sob escolta policial. Segundo informações oficiais, ele foi baleado após tentar atacar militares que atenderam a ocorrência. Com a determinação da Justiça, deverá ser encaminhado ao sistema prisional assim que tiver condições médicas.

O caso

Priscila Mundim foi encontrada morta no quarto do apartamento dela, no último sábado (16). A Polícia Militar relatou que, ao chegar ao local, encontrou o policial penal, que teria se ferido com uma faca e tentado investir contra os policiais antes de ser contido e socorrido.

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A investigação aponta que o crime pode ter sido antecedido por discussões durante a madrugada. Familiares da vítima afirmaram às autoridades que o relacionamento, iniciado há cerca de cinco meses, era marcado por episódios de ciúmes e possessividade.

 

Priscila Mundim, de 46 anos - Foto: Arquivo pessoal

 

 

Posição oficial

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o servidor estava afastado das funções desde janeiro de 2024 por questões psiquiátricas, e que seu armamento institucional já havia sido recolhido.

O Departamento Penitenciário (Depen) comunicou que instaurou procedimento administrativo interno e que está à disposição para colaborar com as investigações.

O caso segue sendo apurado pela Polícia Civil de Minas Gerais.