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Estudante sendo estudante
Colunista Júlio Couto
02/10/2025 16h04
Por: Redação
Júlio Couto é professor na rede pública do estado de Minas Gerais. Graduado em Letras pela PUC Minas.

Recentemente a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que proíbe a chamada aprovação automática de alunos dos ensinos fundamental e médio que não obtiverem nota para passar de ano escolar, salve os casos especiais, como por exemplo questões relacionadas à saúde do discente. A proposta ainda precisa passar pelo Plenário da casa, sanção presidencial para depois ser organizada a sua execução por parte das instituições de ensino de todo o país.

Além disso, até então, em termos teóricos deixará de ser adotada a prática da aprovação automática no sistema educacional brasileiro que muitas vezes são impostas àqueles que estão na escola em favor da orientação em favor da busca constante da construção do conhecimento, mas acabam perdendo a autonomia diante de administrações simplesmente voltadas para promoção egocêntrica e publicidade política. Assim o corpo docente não tem de fato as condições necessárias para demonstrar fidelidade no momento de avaliar e entender as situações especificas de cada estudante. Logicamente que a reprovação não é a solução para que o país forme pessoas capazes e habilidosas diante do mundo competitivo, mas é preciso ser adotada ferramentas que estimulem o aluno a estudar pelo menos no momento em que esteja inserido na escola. É necessária contrapartida entre aluno e as medidas adotadas em favor da educação e vice-versa.

Embora o sistema educacional brasileiro não seja tratado com tanto carinho, respeito e atenção merecedora por parte de nossos governantes é necessário o empenho para que todos tenham acesso ao ensino organizado. E que o acesso à escola não se dê apenas de maneira simbólica por meio de matrícula, mas que seja de forma equitativa para todos as pessoas, principalmente as nossas crianças e jovens que inevitavelmente serão o futuro da humanidade.

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Por fim, que a cor da pele e o baixo poder econômico não sejam fatores impeditivos para que todas as pessoas tenham acesso a um sistema de ensino eficiente capaz de fazer a diferença no desenvolvimento intelectual de cada um, e, consequentemente o bem-estar social e desenvolvimento da humanidade. Que aprovação da medida esteja mais voltada para as condições de trabalho da equipe pedagógica e ao ambiente mais favoráveis aos estudantes levando em consideração questões que estimulem cada estudante de fato ser estudante.