Cidades MANIFESTAÇÃO
Apoiadores do prefeito André e da sua vice Renata estão organizando uma manifestação nesta sexta-feira 10 em Santa Maria de Itabira
Movimento pacífico, intitulado “Caminhada pela Democracia”, ocorre antes do julgamento no TRE-MG que analisa ação por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024.
09/10/2025 22h03 Atualizada há 11 horas
Por: Helton Santos
Eleitores comemorarm com André e Renata durante vitória nas eleições de 2024

Um grupo de moradores de Santa Maria de Itabira está organizando uma manifestação pacífica chamada “Caminhada pela Democracia”, marcada para esta sexta-feira, 10 de outubro, às 17h, com concentração em frente à Prefeitura Municipal. O movimento, segundo os organizadores, tem como objetivo demonstrar apoio ao prefeito André Lúcio Torres e à vice-prefeita Renata Duarte Tomaz.

A ação ocorre às vésperas do julgamento, marcado para o dia 13 de outubro de 2025, no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), que vai decidir sobre o recurso apresentado pela defesa da chapa eleita em 2024. O processo apura suposto abuso de poder político e econômico durante o período eleitoral.

O processo, que já teve provas robustas analisadas pela Justiça Eleitoral, trata de abuso de poder político e econômico durante o período eleitoral. Em primeira instância, a 113ª Zona Eleitoral de Ferros reconheceu as irregularidades, apontando, entre outros pontos, o pagamento de R$ 1,4 milhão a 434 servidores municipais sem homologação judicial, além da antecipação da festa do Dia das Crianças, em setembro de 2024, custeada com recursos públicos.

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Na sessão mais recente, realizada em 24 de setembro, o julgamento foi adiado após o pedido de vista do desembargador Carlos Henrique Perpétuo Braga, que afirmou precisar de mais tempo para analisar os documentos e depoimentos anexados ao processo. O relator, juiz Carlos Donizetti Ferreira da Silva, já havia votado anteriormente pelo provimento dos recursos, o que favoreceria André e Renata.

Em um grupo de mensagens no whatsapp, apoiadores afirmam reconhecer o trabalho da atual administração nos últimos meses e defendem o respeito às instituições e à vontade popular. O lema divulgado para a mobilização é: “Cidade muda, não muda!”

A sentença determinou a cassação dos mandatos dos envolvidos, a aplicação de duas multas de R$ 50 mil cada, totalizando R$ 100 mil, e a inelegibilidade por oito anos. O caso segue agora em fase recursal no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), onde as defesas buscam reverter a decisão de primeira instância.

Até o momento, não há registro de posicionamento oficial da Prefeitura ou dos advogados do caso sobre a manifestação.