Um grupo de moradores de Santa Maria de Itabira está organizando uma manifestação pacífica chamada “Caminhada pela Democracia”, marcada para esta sexta-feira, 10 de outubro, às 17h, com concentração em frente à Prefeitura Municipal. O movimento, segundo os organizadores, tem como objetivo demonstrar apoio ao prefeito André Lúcio Torres e à vice-prefeita Renata Duarte Tomaz.
A ação ocorre às vésperas do julgamento, marcado para o dia 13 de outubro de 2025, no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), que vai decidir sobre o recurso apresentado pela defesa da chapa eleita em 2024. O processo apura suposto abuso de poder político e econômico durante o período eleitoral.
O processo, que já teve provas robustas analisadas pela Justiça Eleitoral, trata de abuso de poder político e econômico durante o período eleitoral. Em primeira instância, a 113ª Zona Eleitoral de Ferros reconheceu as irregularidades, apontando, entre outros pontos, o pagamento de R$ 1,4 milhão a 434 servidores municipais sem homologação judicial, além da antecipação da festa do Dia das Crianças, em setembro de 2024, custeada com recursos públicos.
Na sessão mais recente, realizada em 24 de setembro, o julgamento foi adiado após o pedido de vista do desembargador Carlos Henrique Perpétuo Braga, que afirmou precisar de mais tempo para analisar os documentos e depoimentos anexados ao processo. O relator, juiz Carlos Donizetti Ferreira da Silva, já havia votado anteriormente pelo provimento dos recursos, o que favoreceria André e Renata.
Em um grupo de mensagens no whatsapp, apoiadores afirmam reconhecer o trabalho da atual administração nos últimos meses e defendem o respeito às instituições e à vontade popular. O lema divulgado para a mobilização é: “Cidade muda, não muda!”
A sentença determinou a cassação dos mandatos dos envolvidos, a aplicação de duas multas de R$ 50 mil cada, totalizando R$ 100 mil, e a inelegibilidade por oito anos. O caso segue agora em fase recursal no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), onde as defesas buscam reverter a decisão de primeira instância.
Até o momento, não há registro de posicionamento oficial da Prefeitura ou dos advogados do caso sobre a manifestação.