O abacate teve um incremento de 19% na área de plantio e de 34,1% em produção no Paraná, nos últimos dez anos. Apesar de o volume estadual ainda não ser expressivo nacionalmente, é uma cultura importante, sobretudo na região Norte. A análise sobre a fruta é um dos temas doBoletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural, da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 27 de março a 1.º de abril.
O abacate é cultivado em 15,3 mil hectares do território brasileiro. Entre as frutas, é a 17ª em área e Valor Bruto de Produção (VBP), com R$ 362,2 milhões apurados em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em volume de produto colhido, ocupa o 15º lugar, com 242,9 mil toneladas.
O Paraná é o terceiro maior produtor, responsável por 9,7% das colheitas. É antecedido pelo Estado de São Paulo, com 50,6% da produção, e Minas Gerais, com 28,6%. O solo paranaense produz 26,4 mil toneladas de abacate em 1,3 mil hectares, o que representa 1,9% do volume da fruticultura estadual. Em 2019, o VBP somou R$ 4,9 milhões.
Nos últimos dez anos, o incremento foi de 19% em área e 34,1% em colheitas. A produção é concentrada na região Norte do Estado, que responde por 75% dos frutos no Paraná. Apucarana é o principal produtor, com 11,4% do volume estadual. O município de Arapongas, contíguo a Apucarana, vem em segundo lugar, com 8% da produção.
No ano passado, o abacate foi a 12ª colocada entre as frutas mais exportadas pelo Brasil. Foram enviadas 7,6 mil toneladas para o Exterior, o que rendeu US$ 13,2 milhões. O País também é importador da fruta. No mesmo ano, foram compradas 326 toneladas, pelas quais pagamos US$ 874 mil. Em âmbito mundial, o México lidera a produção, com 34,6% da oferta de 6,3 milhões de toneladas registrada em 2018.
FEIJÃO E MANDIOCA– O boletim traz a informação de que os produtores de feijão da segunda safra já se preparam para iniciar a colheita. A expectativa é de aumentar em 83% o volume em comparação com o ciclo anterior, alcançando 491,2 mil toneladas.
No caso da mandioca, as condições climáticas ajudaram e a colheita atingiu 15% dos 148 mil hectares plantados, ainda que a prioridade, no momento, esteja na retirada da soja do campo e no plantio do milho. Mas a preocupação dos produtores está no baixo preço pago pela mandioca, resultado, sobretudo, da redução na demanda pela fécula por parte da indústria.
MILHO E SOJA– O documento preparado pelos técnicos do Deral relata que o plantio da segunda safra de milho chegou, durante a semana, a 97% da área. Da primeira safra, há registro da colheita de 82% dos 362 mil hectares. Os preços do cereal se mantêm bons para o produtor, entre R$ 75 e R$ 80 a saca de 60 quilos.
A soja está com 88% da área total de 5,58 milhões de hectares já colhida. Os trabalhos devem se estender até meados do mês, quando será possível saber com precisão o impacto do excesso de chuvas e baixa luminosidade entre dezembro e janeiro, e da ausência de chuvas e da presença do calor em fevereiro.
OUTROS PRODUTOS– O boletim traz, ainda, análise sobre as oscilações dos preços praticados em relação ao trigo. A volatilidade do dólar e a relação estabelecida entre o preço do trigo e do milho são abordadas no documento.
Do tomate, o registro principal é também em relação ao preço, que teve queda de 15% na última semana de março, em comparação com a imediatamente anterior. Isso se deve, sobretudo, à baixa demanda pelo produto e ao pouco giro em vendas.
Na pecuária leiteira, o boletim traz comentário sobre a parceria estabelecida entre a Embrapa e a Nestlé para a produção de leite de baixo carbono. Há previsão de se implantar boas práticas de produção nas fazendas para reduzir emissão de gases. O documento também fala de abate e exportação de frango do Brasil e, particularmente, do Paraná.
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