Três pessoas – dois homens de 28 e 19 anos e uma adolescente de 16 – ficaram feridas em uma confusão no quarto de um motel na Avenida Barão Homem de Melo, no bairro Estoril, na Região Oeste de Belo Horizonte, na manhã deste domingo (14).

De acordo com a Polícia Militar (PM), a corporação foi chamada por funcionários que ouviram gritos e o barulho da briga. Um dos homens teve um corte profundo no antebraço.

De acordo com o histórico policial, a adolescente e o homem mais jovem são primos. Eles se encontraram com o mais velho, que é amigo do outro rapaz, na Rua Sapucaí e depois foram para o motel, onde fizeram uso de bebidas alcóolicas e drogas.

Disseram, ainda, que não fizeram nenhuma relação sexual. Na hora de pagar, os primos alegaram não ter dinheiro e começaram a discutir. O homem mais jovem partiu para cima do mais velho com tapas e socos, enquanto a menor quebrou uma garrafa e o agrediu com ela, causando o corte profundo.

Por volta das 8h, a funcionária do Motel Barão ouviu os gritos e viu os clientes passarem pela recepção sujos de sangue. Ela se negou a abrir a porta do estabelecimento, quando foi agredida pela adolescente com um pedaço de madeira. Ainda segundo a PM, os três ainda são suspeitos de tentar arrombar o escritório do local.

Havia muito sangue sobre o carro dos clientes, no estacionamento e dentro do quarto.

Na briga, todos se feriram e foram levados pela PM para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. A adolescente está grávida.

A perícia da Polícia Civil também foi acionada.

O artigo 82 do Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe a hospedagem de menores de idade em hotéis, motéis, pensões e demais estabelecimentos afins sem autorização ou acompanhamento dos pais ou responsáveis. A pena é de multa e, em caso de reincidência, o judiciário pode fechar o estabelecimento por até 15 dias ou até mesmo cassar a autorização para funcionamento.

A reportagem ligou para o Motel Barão e uma funcionária disse que "não havia ninguém que pudesse falar pelo estabelecimento" e se negou a passar o contato dos responsáveis, alegando não ter autorização.