O município de Itabira, MG, por meio de seus agentes políticos, expôs de maneira mais clara os nomes que provavelmente aparecerão nas urnas para concorrer a eleição de prefeito no próximo dia 06 de outubro. Os principais veículos de comunicação já entregam para os eleitores o resultado do afunilamento que naturalmente acontece em todas as eleições, onde inicia-se com um número relativamente grande de postulantes e no final acaba este número reduzindo ao mínimo possível, dentro dos acordos e as vezes ideologias que existem dentre os políticos que estão no jogo da busca pelo poder. 

O período de elaboração dos desenhos de candidaturas ao cargo do executivo municipal está chegando à sua formatação. Durante os últimos meses havia muitas especulações em torno de uma extensa lista de postulantes ao cargo no poder executivo, mas para aqueles que tem um pouco de conhecimento sobre o jogo político ou acompanham as informações sobre o assunto percebe que muitos que ali aparecem não tem nenhum interesse em colocar o seus nomes para concorrerem e até mesmo pelo fato de saberem que suas chances são ínfimas dentro da complexa disputa e também pela importância do cargo. 

Desta maneira, é interessante ao eleitor à atenção sobre os nomes que apareciam como possíveis candidatos e até mesmo alguns que são atualmente pré-candidatos ao cargo de prefeito. Não se estranhe se ao final das convenções partidárias aparecerem nomes que para o eleitor seriam concorrentes e estarem coligados em um mesmo grupo de disputa. 

Para aqueles que estão diretamente ligados nas transações e organizações em torno da disputa política municipal sabem que na teoria seriam eles adversários de alguns nomes, mas que na prática, algumas alianças serão necessárias para que consigam chegar ao objetivo principal, que no caso é a conquista do poder.

Para o pleito do final do ano já foi ventilado diversos nomes, e atualmente é destacado apenas três destes que se dizem pré-candidatos, mas tudo indica que o número deverá reduzir-se para dois, onde um, naturalmente, é o atual mandatário e o outro pelo capital político que tem será o ex-prefeito que governou o município por duas vezes consecutivas. Na verdade, na história da reeleição, os eleitores de Itabira só deram oportunidade a um único prefeito, esse que se coloca novamente à disposição dos itabiranos.

Continua após a publicidade

Seguindo essa linha de raciocínio, é necessário ao atual prefeito, juntamente ao seu grupo, se valer de todas as estratégias possíveis, caso realmente desejam permanecer no poder, pois o fato do ex-prefeito aparecer na disputa nos leva a crer que a atual administração não está dentro daquilo que no passado ex-prefeito e prefeito planejaram juntos. 
De maneira parecida, os dois concorrentes do atual prefeito também deverão se valerem de múltiplas estratégias e dentre essas, até mesmo visarem uma aliança de maneira bem organizada entre si, deixando de fora qualquer vaidade.

Seguindo este procedimento, certamente a coquista da cadeira do poder executivo se torna mais real. Para o pré-candidato e atual ocupante do cargo de vereador seria glorioso para ele, caso ele consiga agregar o seu grupo ao grupo do ex-prefeito, pois assim ele reuniria força política que certamente te promoverá para que em um futuro próximo ele de fato ocupará a cadeira de prefeito. Para ex-prefeito também seria interessante uma aliança com o atual vereador, pois no campo político dificilmente uma aliança deixa de somar. E esta soma pode ajudar a não correr tanto risco de ser derrotado pelo atual prefeito.

Por fim, para aqueles que vivem dentro seio político, seja como candidatos ou como organizadores de estratégias para disputa, sabem que nem sempre é possível estarem alinhado apenas aos amigos. As vezes, ou quase sempre é necessário uma amarração a membros de distintos campos adversários para chegar à vitória, pois a dinâmica democrática que há na política muitas vezes exige isso daqueles sujeitos que estão a frente da organização.