O período em que os eleitores presenciavam o grande número de postulantes aos cargos eletivos para o pleito municipal deste ano está se encerrando. A partir de agora inicia-se o momento das convenções partidárias dedicadas à definição de quem estará apto a ter o nome registrado junto ao órgão competente e ir para a disputa eleitoral no mês de outubro.
Para aquelas pessoas que fazem parte do processo ou o acompanha de alguma maneira já sabem que há possibilidade de vários postulantes, principalmente ao cargo executivo, não aparecerem nas urnas eleitorais devido a prática natural em que existe no meio político, onde o alvo principal de todos é a conquista do poder. Neste sentido e com bastante coerência faz-se necessário a construção de alianças organizadas e agregadoras voltadas para a possibilidade de fato para conquista dos votos dos eleitores durante o curto período de campanha eleitoral legalizada.
Quando se pensa em eleições em municípios diferentes das grandes cidades e capitais, o trabalho a ser desempenhado pelos organizadores políticos é bem mais complexo, pois não há possibilidades de novos arranjos durante a definição oficial de quem estará apto para comandar a prefeitura. Para os políticos responsáveis pelas organizações em torno do logro do poder nos pequenos, médios e onde não existe chance de uma segunda disputa, chamada segundo turno, precisam eles de muita habilidade no sentido de focar no poder da capacidade de negociação, diferentes daqueles políticos das grandes cidades, onde seus organizadores políticos têm a situação bem mais confortável.
Os políticos participantes das eleições para o cargo de prefeito em municípios com o número de eleitores acima de 200 pessoas podem, na maioria das vezes, sonhar e contar com o luxo de no primeiro turno estar em uma frente política e no segundo turno migrar para outra frente, talvez bem diferente de seu desejo inicial.
Por consequência, as regras em torno das disputas eleitorais atingem tantos os políticos com suas variadas artimanhas em torno da preparação para a eleição, quanto aos eleitores que vivem em municípios com diferença em relação ao número mínimo pessoas apto a votar para a disputa de segundo turno. Desta maneira, os eleitores e políticos dos gigantes munícipios podem mudar de estratégias durante o período eleitoral. Situação esta não permitida para os outros integrantes dos demais municípios.
Por fim, é possível construir uma reflexão em torno das regras eleitorais voltadas para a disputas municipais e o tratamento dado a cada município, onde há um certo privilégio a alguns eleitores em relação a outros. E este privilégio acaba de fato beneficiando aos postulantes ao cargo no poder executivo.
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