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Inesperado desenho

Colunista Júlio Couto

03/10/2024 às 01h05
Por: Redação
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Júlio Couto é professor na rede pública do estado de Minas Gerais. Graduado em Letras pela PUC Minas.
Júlio Couto é professor na rede pública do estado de Minas Gerais. Graduado em Letras pela PUC Minas.

A instituição política com a sua natureza que é a arte de governar e governar para o bem comum, de maneira geral a cada dia está perdendo a sua naturalidade. Isso pelo fato de muitas pessoas que dela fazem parte no sentido de sua condução conseguem modificar o seu DNA e a transforma em mero instrumento de busca de status financeiro. O foco está totalmente direcionado para as eleição e permanência no poder.

Nota-se que há uma organização até bem arquitetada, em sua maioria por poderosos economicamente que visam prioritariamente a escalada em busca do mandato.

Dentro desta organização construída para decidir quem chegará ao poder e por lá tomarão as decisões políticas sobre os demais membros da sociedade está o eleitor que poderá fazer a diferença com o seu voto. Pouco tempo falta para o eleitor depositar nas urnas sua decisão relacionada ao comando do executivo municipal juntamente com os legisladores que serão os responsáveis pela condução dos municípios brasileiros pelos próximos quatro anos.

Apesar do pouco tempo que resta ao cidadão é possível a ele ainda refinar suas escolhas e apostar naqueles candidatos que, em tese, serão os melhores ocupantes de cargos nos poderes a nível municipal. Embora esteja acabando o tempo legal para a realização das campanhas eleitores restam ainda aos candidatos possibilidades de conquista de alguns votos de muitos eleitores que ainda não decidiram de fato em quem votarão. A variedade de votos indecisos existe, principalmente ao cargo relacionado ao poder legislativo. E aquele candidato que tem conhecimento sobre isso e tenha estratégia de conquista poderá conseguir de último momento se lograr com a vitória com votos antes não conquistado.

Desta maneira, tanto eleitor como eleitorado têm à disposição muito espaço de busca e conquista. Resta agora a todos, a parte mais complexa que é o postulante ao cargo encontrar o eleitor indeciso e conseguir conquistar o seu voto. Ao eleitor também há a tarefa de apostar em um candidato que de fato seja um real representante do povo.

Ao candidato, qualquer voto serve, mas ao eleitor não serve qualquer governante. O postulante que visa apenas o poder pode ele pensar apenas em si, mas o eleitor consciente, o seu trabalho é um pouco mais complexo, visto que a sua preocupação e consciência deve ser voltada para o coletivo.

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