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A moda que convence

Colunista Júlio Couto

Por: Redação
27/02/2025 às 11h32
A moda que convence
Júlio Couto é professor na rede pública do estado de Minas Gerais. Graduado em Letras pela PUC Minas.

A onda de privatização dos bens públicos no Brasil se tornou uma prática recorrente, principalmente quando se trata de administrações voltadas para os governos que se enquadram nas ideologias políticas ligadas ao campo da direita. Transferir as empresas pertencentes ao povo a cada dia caminha a passos largos para se tornar uma empresa que possui um dono.

A maneira como são divulgadas pelas potentes publicidades, as justificativas que são propostas e apresentadas são armadilhas capazes de comoverem as pessoas de alguma maneira. E essa comoção é tão atraente que impossibilita a demonstração de reações contrárias a perda de posse do bem coletivo. A verdade é que muitos que estão no poder entendem que os bens públicos são de quem tem o poder político em seu controle e desta maneira utilizam de manobras e artimanhas para transformar a natureza das empresas visando a exploração do país.

Frequentemente, o estado de Minas Gerais, por meio de seus gestores se organiza para proceder com a prática de vender e liberar a exploração do estado pela iniciativa privada. Dentre os bens à disposição para a venda está uma rodovia com grande fluxo de veículos, rodovia esta que liga alguns municípios que integram a região Metropolitana da capital. A cessão dessa rodovia poderá dificultar a integração de muita gente que de alguma forma necessita transitar entre os municípios cortados pela via que será entregue para a exploração de algum empresário.

A justificativa para vender o patrimônio público quase sempre está baseada em desenvolvimento e melhoria de qualidade nos serviços para a população. Em um primeiro momento esse argumento parece que realmente seja verídico e que de fato traga benefício para o bem comum devido a outras alegações, tais como, a de o governo não consegue gerir a máquina pública com os recursos arrecadados. Neste sentido, a melhor saída seria realmente leiloar a posse para um empresário e receber um valor econômico por isso.

Por fim, embora seja negativo a cessão de patrimônio público para a inciativa privada, a aplicação do recurso advindo dessas transações deveria ser aplicada de fato em favor do bem-estar da população.

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Henrique Há 4 semanas Esmeraldas Parabéns pelo texto Professor Júlio. Penso que devemos zelar pelo patrimônio público, mas se tiver incentivo da iniciativa privada, o mesmo pode beneficiar muitos cidadãos que necessitam de oportunidades para ter acesso a cultura descentralizada nestes espaços que podem transformar muitas vidas mediante a cursos de capacitação,sobretudo para nossa juventude.
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Júlio Couto é professor na rede pública do estado de Minas Gerais.
Graduado em Letras pela PUC Minas.
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