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Confusão generalizada no Carnaval de Brumadinho termina com cinco pessoas presas

Caso teria começado com briga entre membros de aldeias indígenas; defesa dos presos denuncia excesso da polícia

Por: Redação Fonte: O Tempo
03/03/2025 às 05h54
Confusão generalizada no Carnaval de Brumadinho termina com cinco pessoas presas

Uma confusão generalizada terminou com cinco pessoas presas durante um evento de Carnaval em Brumadinho, na região metropolitana. Segundo o registro do caso, que aconteceu na noite de sábado (1º), a confusão teria tido início com uma discussão entre dois membros de aldeias indígenas locais.

De acordo com o boletim de ocorrência, durante um evento Brumas Folia, na avenida Vigilato Braga, no Centro de Brumadinho, começou uma confusão entre membros das aldeias Pataxó Naô Xohã Arakuã e Katurãna. Policiais que faziam a segurança do evento foram até o local para tentar intervir na briga, mas teriam sido interceptados e impedidos por foliões no local. Em seguida, diz o B.O, os foliões começaram a agredir os policiais. 

Também segundo o registro da PMMG, um dos membros das aldeias pegou o bastão de um dos policiais e o agrediu diversas vezes com o instrumento, causando ferimentos na cabeça do agente. Os outros militares deram voz de prisão ao homem e o conduziram para fora do evento. Enquanto os agentes tentavam sair do local, conforme o boletim de ocorrência, outras pessoas que estavam na festa jogaram copos e garrafas de cerveja contra os agentes. 

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Também segundo a polícia, durante a condução, o homem preso ficou agressivo e tropeçou na tampa de um bueiro, caindo no chão em seguida. Ele e um sargento que atendeu a ocorrência precisaram de atendimento médico devido aos ferimentos. Outras quatro pessoas foram detidas e receberam atendimento médico. 

Outra versão 
A advogada Priscila Nogueira, que defende as aldeias Pataxó Naô Xohã Arakuã e Katurãna, contesta a versão apresentada pela Polícia Militar de Minas Gerais. Conforme a defensora, houve uso excessivo de força por parte dos agentes. A representante dos indígenas nega, por exemplo, que um dos detidos tenha tropeçado em um bueiro. 

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Segundo a advogada, o homem foi derrubado por um dos policiais e caiu no chão. Em determinado trecho das filmagens, é possível ver o momento.  

Também conforme a representante, os agentes utilizaram spray de pimenta contra uma criança, filha do cacique de uma das aldeias. A esposa do líder indígena também teria sido agredida, assim como a esposa e a filha de 13 anos de um dos homens presos.  

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Os cinco detidos, conforme a defesa, foram indiciados por rixa leve e já foram liberados. Os advogados das aldeias entraram com denúncia no Ministério Público Federal. “Os indígenas reafirmam sua indignação e repudiam veementemente essa postura violenta e discriminatória, exigindo que os responsáveis sejam devidamente investigados e punidos na forma da lei. A comunidade seguirá lutando por justiça e pelo respeito aos seus direitos fundamentais”, afirmou a advogada Priscila Nogueira, em nota. 

Posicionamento
Procurada, a Polícia Militar de Minas Gerais disse que os militares viram uma briga na multidão e tentaram intervir, mas durante a dispersão os  envolvidos começaram a inflamar e agredir os policiais. "Nesse ato, os militares foram agredidos na região da cabeça, sendo socorridos para o HPM. Os militares foram atendidos e liberados", diz a nota da corporação.

A PMMG não comentou as denúncias de abusos, nem informou se haverá uma investigação interna sobre o caso.

"Perplexidade"

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos também se posicionou sobre o caso. Em nota, o órgão disse que, em um primeiro, as denúncias são chocantes. "O Conselho recebeu vídeos e relatos que, numa primeira análise, causam perplexidade", diz o conselho. 

O órgão afirma que vai tomar medidas para que haja uma apuração a respeito dos relatos e das imagens.

"O Conselho atua para que o mandato policial seja respeitado e exercido nos limites da legalidade. O uso da força por agentes de segurança pública deve ser proporcional, necessário e suficiente, sem excessos. É um direito exclusivo do Estado, que deve ser aplicado, exclusivamente, em resposta a uma ameaça real ou potencial", argumentou o Conedh-MG. 

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