Não resta dúvida que a política, dentre as demais instituições, é a mais caraterizada como democrática. Na instituição política há espaço de engajamento de pessoas com variadas maneiras de pensamentos, mesmo aquelas ideias divergentes da arte de governar para o bem comum. Na política cabe-se quase tudo, principalmente os pensamentos utópicos que muitas vezes são utilizados como meio facilitador na condução de alguns políticos ao poder.
Por ser um espaço de caráter democrático, lá acaba sendo um lugar propício para absorver pessoas que não têm como objetivo, servir a sociedade de modo como a política tem por natureza. Embora o ser humano em si seja um ser político, muitos se distanciam da participação direta no campo das ideias. Agindo desta forma acabam facilitando que o monopólio do poder permaneça concentrado nas mãos de um pequeno grupo ao se comparar com o número de pessoas que em tese estão legitimadas para fazerem parte da administração do bem público.
Desta maneira, a tendência é os nossos legisladores criarem regras que aparentemente seriam em benefício da sociedade de modo geral, mas que na verdade são regulamentações facilitadoras da conquista e permanência no poder. No poder eles criam leis, modicam a Constituição de modo a acobertar os próprios malfeitos e manipular a sociedade. A sociedade fica refém e pouco consegue fazer para se defender.
Por fim, por ser a política a instituição mais democrática, as pessoas de maneira geral deveriam envolverem-se mais nela, pois este é um único e legítimo caminho para que a cultura da manipulação diminua. Com a participação crescente de todos, no futuro o governo possa de fato ser do povo e para o povo. Mas para isso acontecer é necessário a busca constante, por parte da sociedade, na construção de conhecimento.