Quarta, 14 de Maio de 2025
17°C 24°C
Santa Maria de Itabira, MG
Publicidade

Justiça determina reconstrução de estrada e ponte usada por comunidade quilombola de Paracatu

Decisão reconhece posse coletiva da Comunidade Quilombola de Pontal e garante direito de ir e vir após bloqueio feito por proprietário rural

Helton Santos
Por: Helton Santos
08/05/2025 às 11h13 Atualizada em 08/05/2025 às 11h37
Justiça determina reconstrução de estrada e ponte usada por comunidade quilombola de Paracatu
Justiça determina reconstrução de estrada e ponte em território quilombola de Paracatu

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve uma importante vitória judicial em defesa dos direitos da Comunidade Quilombola de Pontal, localizada em Paracatu, no Noroeste do estado. A Justiça Federal concedeu liminar determinando que um proprietário de terras da região refaça uma estrada e uma ponte tradicional que ligam os diversos núcleos familiares da comunidade.

Na decisão, a Justiça reconheceu a posse coletiva da estrada e da ponte pela comunidade quilombola e a importância histórica desses caminhos, utilizados desde 1957 sem qualquer impedimento ao tráfego de pessoas e veículos. No entanto, a situação mudou em agosto de 2023, quando o proprietário passou a proibir o trânsito no local, prejudicando gravemente a rotina e o modo de vida da população tradicional.

 

Foto
Justiça determina reconstrução de estrada e ponte em território quilombola de Paracatu

 

Continua após a publicidade
Anúncio

 

Continua após a publicidade
Anúncio

“A estrada e a ponte tiveram grande importância na organização territorial da comunidade, sendo o principal caminho utilizado para o deslocamento interno entre os núcleos para os mais diversos fins”, destaca a Ação Civil Pública (ACP) movida pelo MPMG.

Além de determinar a reconstrução das estruturas, a Justiça Federal reconheceu formalmente a existência de servidão de passagem no local, garantindo o livre trânsito de moradores. Em caso de descumprimento da liminar, o proprietário poderá ser multado em até R$ 500 mil.

Para a promotora de Justiça Mariana Duarte Leão, que assina a ACP junto ao promotor Lucas Sanches Tizzo com apoio do CAO-Cimos (Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Apoio Comunitário, Inclusão e Mobilização Sociais), a decisão representa um marco jurídico. “É uma conquista na afirmação dos direitos territoriais quilombolas, no enfrentamento ao racismo ambiental e estrutural, e na efetivação do direito de ir e vir e do modo de vida tradicional da comunidade de Pontal”, afirmou.

A proibição imposta em 2023 comprometeu não apenas a mobilidade dos moradores, mas diversas dimensões da vida comunitária, como as práticas religiosas, a geração de renda, o esporte e o lazer. Com a decisão, a Justiça busca restaurar os direitos violados e assegurar a continuidade da vida coletiva da comunidade quilombola.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Sem foto
Paracatu - MG
Notícias de Paracatu - MG
Ver notícias
Santa Maria de Itabira, MG
17°
Tempo nublado
Mín. 17° Máx. 24°
17° Sensação
1.37 km/h Vento
95% Umidade
66% (0.47mm) Chance chuva
06h12 Nascer do sol
06h12 Pôr do sol
Quinta
22° 13°
Sexta
23° 13°
Sábado
25° 15°
Domingo
25° 14°
Segunda
22° 16°
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,61 -0,07%
Euro
R$ 6,28 +0,01%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 615,742,09 -0,65%
Ibovespa
138,963,11 pts 1.76%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias