A impressa jornalística noticiou nesta semana que foi iniciado um movimento de paralisação, salvo engano, uma greve de professores das escolas municipais de Belo Horizonte. A organização paredista da categoria foi instalada recentemente e parece que não há previsão de encerramento.
Primeiramente, é importante entender que este tipo de mobilização, infelizmente, historicamente faz parte da rotina dos professores das escolas do Brasil, simplesmente pelo fato do sistema educacional não ser levado a sério pelos governantes, em todas as esferas. A cultura de não dar atenção devida à Educação está cada vez mais evidente no Brasil.
Por certo, a greve dos educadores está atrelada a negação e demonstração da administração municipal em não dialogar com a categoria no sentido de manifestar favorável a importância que a educação tem na vida das pessoas. E por ser a educação a base de qualquer sociedade, coerente seria a todos e qualquer governante manifestarem em favor de um sistema educacional que de fato desse total estrutura para que os professores atuarem. Desta maneira, todo o corpo docente poderia aprimorar ainda mais seu talento e consequentemente esta mesma equipe de educadores teria mais condições de levar o educando ao desenvolvimento e construção do conhecimento.
Um país em que seus professores precisam fazer greve para reivindicar um salário que ocupa as últimas posições dentre aqueles profissionais com curso superior, não pode ser considerado um país sério. O trabalho desenvolvido em favor do conhecimento e preparação dos educandos atinge diretamente a qualidade de vida de todos, principalmente para os governantes que necessitam demonstrarem números que muitas vezes não são verdadeiros em questão, por exemplo, ao de índice de aprovação.
Por fim, a manifestação da categoria de educadores da capital mineira é apenas uma reedição daquilo que todos os anos acontece por todas as regiões do Brasil. Inegavelmente, chega ser absurdo a categoria de professores ter que fazer greve para pleitear o mínimo que é um salário justo, melhores condições de trabalho e de aprendizagem para os estudantes que certamente são o futuro do país.