
Passageiros da linha 3055 (Savassi/Estação Barreiro) passaram por momentos de horror na noite desta sexta-feira (5) depois que o ônibus pegou fogo. As chamas começaram quando o coletivo trafegava em um trecho do Anel Rodoviário, no bairro Olhos D’Água, região Oeste de Belo Horizonte. Por sorte, nenhum dos ocupantes nem o motorista se feriram no incidente.
Mas o susto foi grande, como conta a publicitária Mylena Soares Cabral, de 27 anos. "As portas do ônibus não estavam abrindo e começou um alvoroço. Um dos passageiros que conseguiu quebrar a janela e, em seguida, as portas traseiras se abriram. Depois de uns 30 segundos que todos desceram do ônibus ele pegou fogo completamente. Um dos pneus explodiu e os vidros estouraram", relata a passageira.
O Corpo de Bombeiros foi acionado pelos próprios passageiros e chegou ao local pouco antes das 20h. Segundo a corporação, foi verificado que o coletivo estava completamente em chamas. Além disso, uma grande quantidade de óleo diesel estava derramada na pista, com risco de explosão. Duas viaturas estiveram no local para combater o fogo. Para o trabalho, foi preciso interditar o trânsito no sentido Vitória, e uma das pistas foi liberada pouco depois das 21h.
Ainda de acordo com os bombeiros, ainda não se sabe se o incêndio foi causado por uma pane no ônibus ou se foi por outro motivo. Mas, de acordo com relato de quem estava dentro do coletivo, o veículo já dava indícios do problema.
"O ônibus já estava pegando fogo na avenida Nossa Senhora do Carmo, antes de fazer o retorno (sentido Barreiro), mas, o motorista não parou e seguiu a viagem. Só na passarela do Olhos D'Água que o motorista parou porque já tinha muita fumaça", relatou a passageira Mylena Soares.
O encordoador Gustavo Andrade Soares, de 24 anos, voltava do trabalho no coletivo e também diz que o veículo já apresentava problemas mecânicos. "Quando eu peguei o ônibus em frente ao BH Shopping senti um cheiro de queimado. Estava lotado, com crianças e idosos. Entrando no Anel Rodoviário, a fumaça aumentou e o motorista perdeu o freio. Ele (o motorista) conseguiu parar perto de um acostamento, abriu só a porta da frente e começou a olhar debaixo do ônibus. Começamos a nos desesperar porque as portas de trás estavam fechadas", disse.
"Tinha uma moça com asma perto de nós e ela começou a ter crise por causa do medo. As crianças no ônibus choravam muito e, assim que as portas de trás se abriram, todos desceram rápido. Em pouco tempo o fogo tomou conta", conclui Soares.
A concessionárioa Via 040, que administra o trecho do Anel Rodoviário, esteve no local para ajudar no trabalho de interdição e liberação das pistas.