
Belo Horizonte mais uma vez fecha as portas do comércio por causa da pandemia. Com a piora nos indicadores da Covid-19, a partir das 14h deste sábado (6), a capital mineira impôs restrições ao funcionamento das atividades não essenciais.
A medida, de acordo com a prefeitura, é válida por tempo indeterminado. A decisão foi anunciada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) nesta sexta-feira (5), cerca de um mês após a reabertura.
É a quarta vez que a prefeitura impõe restrições na cidade por causa da pandemia. A primeira medida foi em março do ano passado, depois em junho, em janeiro deste ano e agora.
Para conter as aglomerações registradas na cidade, fiscais, equipes da Secretaria Municipal de Segurança e agentes da Guarda Municipal fazem uma operação nesta tarde.
Belo Horizonte amanheceu neste sábado (6) com ruas movimentadas no Centro. O vai e vem de pessoas era para conseguir resolver as últimas pendências antes de mais um fechamento da cidade.
Por volta das 9h, o comércio começou a abrir as portas e, além das ruas, corredores dos estabelecimentos, como as lojas de roupa, ficaram cheios.
Uma das razões que motivaram mais um fechamento do comércio em Belo Horizonte foi a taxa de ocupação de UTI. Ela chegou a 81% nesta sexta-feira (5). Já são 116.419 casos confirmados e 2.815 mortes por Covid-19.
Na Santa Casa, 97% das UTIs estavam ocupadas nesta quinta-feira (4). No Hospital Eduardo de Menezes, referência em infectologia, a UTI estava com 93% de ocupação. Já no Hospital Júlia Kubitschek, a taxa de ocupação estava em 76%.
Outro motivo é a internação de quatro crianças com Covid-19 em enfermaria. Outras quatro estão aguardando vagas. Durante a pandemia, três crianças com menos de 14 anos morreram. Duas delas tinham até quatro anos de idade.