
“O dia em que puder deixar de usar escova de dente”. Essa foi a resposta do secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, sobre o quando os moradores da capital poderão deixar de usar máscaras. A frase foi dita durante entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (21).
De acordo com o secretário, a máscara é um mecanismo de proteção para todos. Ele explicou que as vacinas disponíveis, até o momento, não são neutralizantes. Isso significa que elas não impedem que as pessoas se contaminem com o coronavírus, mas desenvolvam quadros leves.
“A pessoa é vacinada e tem chance muito pequena de desenvolver a doença grave. Mas ela pode adquirir e transmitir o vírus. Então, se a gente usa a máscara, o risco de adquirir o vírus e transmitir a uma pessoa sensível é muito menor”, explicou.
Na avaliação pessoal de Jackson Machado, o desuso da máscara só deve ocorrer quando a pandemia for tratada como uma endemia. O secretário acredita que isso só deve ocorrer quando vírus se acomodar à espécie humana, o que vai acontecer com o tempo. E esse tempo é que, segundo ele, é imprevisível.
“Não tenho bola de cristal para saber quando isso vai acontecer. Eu, pessoalmente, vou usar máscara em todas as situações. A gente precisa retomar as campanhas do uso de máscara. É muito importante higienizar as mãos com álcool em gel e enfatizar a etiqueta da tosse”, aconselhou.
Ômicron
Machado ainda falou sobre mais uma confirmação da variante ômicron em Minas Gerais. Além dos três casos em Belo Horizonte, o secretário comentou a contaminação de uma quarta pessoa em Extrema, no Sul de Minas. O caso foi divulgado pela prefeitura da cidade.
Ainda segundo o secretário, essa última confirmação é consequência de uma transmissão comunitária. Na avaliação dele, o vírus já circula entre a população.
“Isso quer dizer que logo, logo, a ômicron vai estar circulando entre nós, também. Mais um motivo para a gente usar máscara”, finalizou.