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Por que Marão do Barro Preto não foi eleito vereador?

A baixa votação do ex-prefeito Geraldo Noé e demais candidatos do PDT ou a candidatura de Neide do Barro Preto: o que realmente impactou a derrota de Marão nas urnas?

08/10/2024 às 10h16 Atualizada em 08/10/2024 às 11h41
Por: Redação
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Por que Marão do Barro Preto não foi eleito vereador?

Mario Lúcio da Cruz, popularmente conhecido como Marão do Barro Preto, candidato a vereador pelo PDT, foi o vencedor de um plebiscito realizado meses antes das eleições para decidir quem representaria a comunidade quilombola do Barro Preto em Santa Maria de Itabira (MG). O plebiscito é uma consulta popular em que os eleitores votam para tomar uma decisão sobre determinado assunto. No caso do Barro Preto, ele foi realizado porque a comunidade, historicamente, enfrenta dificuldades em eleger um representante. Em 2020, cinco candidatos da comunidade concorreram ao cargo de vereador, dividindo os votos e resultando na ausência de um eleito.

Marão, que foi o mais votado entre os candidatos do Barro Preto em 2020, decidiu tentar novamente em 2024. Contudo, o que muitos temiam acabou se concretizando. Embora o plebiscito tenha indicado Marão como o representante da comunidade, outro membro, Neide do Barro Preto, também concorreu. Essa divisão de votos entre os dois candidatos enfraqueceu a representatividade da comunidade.

Além disso, Marão enfrentou um obstáculo interno em seu próprio partido, o PDT, que tinha como concorrente o ex-prefeito Geraldo Noé. Muitos acreditavam que, por sua experiência e popularidade, Geraldo Noé poderia ultrapassar Marão em votos, o que complicaria ainda mais a eleição de um vereador pelo PDT.

Nas eleições de 2024, o PDT somou 570 votos no total, insuficiente para eleger um vereador. Marão foi o mais votado do partido, com 186 votos, seguido por Márcia Reis com 88, e Geraldo Noé com apenas 71 votos, bem abaixo do esperado. No entanto, o partido não alcançou a média necessária para garantir uma cadeira na Câmara, o que deixou Marão fora do cargo.

A candidata Neide do Barro Preto, que concorreu pelo MDB, teve 144 votos e foi a quarta mais votada de seu partido. No entanto, o MDB elegeu dois vereadores, Lucas de Puano com 376 votos e Romilson do Transporte com 276, o que deixou Neide também sem uma vaga na Câmara.

O plebiscito, vale lembrar, não impedia a candidatura de outras pessoas da comunidade. Ele foi um esforço para buscar consenso, mas o direito de Neide de concorrer prevaleceu, já que ela é uma moradora ativa, com uma longa história de liderança, já esteve a frente da associação comunitária e tem bom relacionamento com a atual administração municipal.

Embora a comunidade do Barro Preto tenha tido dois candidatos com boas votações, nenhum deles foi eleito, seja pela baixa votação geral do PDT ou pela disputa interna no MDB. Mesmo assim, a comunidade pode contar com os vereadores eleitos que têm atuação na região e com a Associação Comunitária, que mantém um bom relacionamento com a gestão municipal, garantindo que as demandas da comunidade sejam atendidas por outros meios.

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