
Caminhoneiros protestam na Grande BH na manhã desta terça-feira contra os reajustes seguidos no preço do diesel. Os trabalhadores estão na MG-424, em Vespasiano, perto do CT do Atlético. Caminhões baú, tanque e carretas formam uma fila no lado direito das pistas nos sentidos Pedro Leopoldo e Belo Horizonte. Não há registros de congestionamentos no local.
Os caminhoneiros estão revoltados com a disparada no preço dos combustíveis, especialmente do diesel. A partir da terça-feira, o litro da gasolina estará R$ 0,12 mais caro nas refinarias, subindo para R$ 2,60 o litro, alta de 4,8% em relação ao preço anterior. Já o diesel terá reajuste de R$ 0 13 por litro, para R$ 2,71, um aumento de 5% contra o último preço praticado pela estatal. O gás de cozinha também terá aumento de 5%, para um preço médio da ordem da R$ 39,69 o botijão de 13 quilos.
Mercado internacional
Os reajustes seguidos no preço do diesel ocorrem em razão da política adotada pela Petrobras, que é baseada na cotação do barril negociado em dólar no mercado internacional. Implantada na gestão Michel Temer (MDB), a iniciativa foi mantida pelo governo Bolsonaro.
Matéria-prima dos combustíveis, o petróleo é usado como referência na formação dos preços dos seus derivados. Assim, quando a cotação do petróleo sobe nas principais bolsas de valores do mundo, a Petrobras também revisa seus valores no Brasil. Somente neste ano o diesel e a gasolina já acumulam alta de 27,5% e 34,8%, respectivamente.
Em entrevista à Itatiaia na semana passada, o professor de economia alertou que os reajustes vão continuar. "Se a gente continuar tendo alta do dólar, vamos ter aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis", disse.

Caminhoneiros protestam nos dois lados da rodovia — Foto: Redes sociais