Clientes de diversas cidades da região, incluindo Santa Maria de Itabira, Itabira, Passabém, João Monlevade, Governador Valadares, Ipatinga e Belo Horizonte, estão em busca de justiça após contratarem pacotes de viagens com a empresa LC Turismo & Viagens, pertencente a Maria José dos Reis, conhecida pelo apelido "Meury". Segundo as vítimas, após o pagamento pelos pacotes, as viagens foram canceladas sem qualquer reembolso, configurando um claro caso de estelionato.
O cenário se agravou quando, nesta quinta-feira (05/12), foi identificado que o perfil oficial da LC Turismo no Instagram foi excluído, mas clientes relatam que o desaparecimento da conta e das publicações ocorreu há dias. Esse desaparecimento fez com que os consumidores ficassem sem qualquer meio de contato com a empresa, aumentando ainda mais o número de vítimas e os prejuízos financeiros.
Além disso, já foram registradas diversas ações judiciais contra Maria José dos Reis, a "Meury", por crimes relacionados ao não cumprimento de contratos de prestação de serviços turísticos. Ao consultar os processos no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), é possível verificar que tramitam outros processos com a mesma natureza, nos quais são apontados problemas com viagens não realizadas e valores não devolvidos, configurando, assim, um possível esquema de estelionato. A legislação brasileira, por meio do Código Penal (Art. 171), define estelionato como a prática de fraude com o intuito de obter vantagem ilícita em prejuízo de outrem, o que parece ser exatamente o que está ocorrendo no caso das vítimas da LC Turismo.
A suspeita de envolvimento em estelionato é ainda mais reforçada pelo comportamento da empresária, que tem evitado dar explicações e não tem cumprido com as promessas de devolução dos valores pagos. Em contato com o Plantão Santamariense, a empresária afirmou várias vezes que enviaria uma nota de esclarecimento e que um advogado se manifestaria, mas até agora nenhuma ação concreta foi tomada, enquanto o número de vítimas só aumenta.
A exclusão do perfil da empresa, juntamente com a falta de retorno aos clientes, demonstra a má-fé da empresária e é mais um indício de que o crime de estelionato está sendo praticado. Por isso, é urgente que a Polícia Civil tome providências imediatas para apurar os fatos e prender a suspeita, Maria José dos Reis, a "Meury", para que as vítimas possam ser reparadas e a justiça seja feita. As vítimas têm o direito à reparação dos danos, conforme estabelece o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), que garante o direito à devolução dos valores pagos e à compensação por danos materiais e morais.
A pressão sobre as autoridades é crescente, e as ações judiciais já em andamento evidenciam a gravidade do caso, sendo fundamental que os responsáveis pelo golpe sejam identificados e punidos de acordo com a lei. A sociedade e os consumidores exigem uma resposta rápida e eficaz da Justiça e da Polícia Civil para garantir que esse esquema de fraude seja interrompido e que as vítimas possam, finalmente, obter o ressarcimento de seus prejuízos.
Esclarecer os fatos é, sem dúvida, a melhor maneira de gerenciar um conflito dessa gravidade. A imprensa cumpre seu papel de informar a sociedade e ouvir todas as partes envolvidas, garantindo a transparência e o direito à defesa. Ameaçar jornalistas e não responder aos clientes prejudicados não é uma postura legal ou ética para resolver uma situação tão séria. Deixamos, portanto, o espaço aberto para que a defesa da suspeita se manifeste e forneça os devidos esclarecimentos, a fim de que todos os envolvidos tenham a oportunidade de expor suas versões de forma clara e justa.