O homem de 49 anos morto a pedradas, pauladas e atropelado em Contagem nessa quinta-feira (20/03) foi linchado no dia do aniversário. Ele é suspeito de estuprar a neta da companheira, de 7 anos, no último dia 11 de março. A história teria chegado a traficantes da região do bairro Bandeirantes, que mataram o homem na esquina da rua onde ele morava.
Conforme a Polícia Militar, o homem e a companheira, avó da menina, foram presos no último dia 12, após a mãe da garota acionar o 190. A menina fica sob a guarda da avó, que mora ao lado da casa da mãe da criança. Na noite anterior, a mulher foi procurada pela filha, que aos prantos, pediu para dormir com ela, pois estava com medo do suspeito.
Segundo o relato da criança, o homem forçava a prática do sexo oral enquanto a avó dormia ou enquanto eles estavam sozinhos. Ele ainda falava palavras de cunho sexual, passava a mão pelo corpo dela, a obrigava a ficar nua e esfregava o órgão genital nela. À criança, o homem falava que aquilo era uma “brincadeira” e que ela não podia contar a ninguém, pois se ela fizesse isso, ele seria preso e ela teria que morar com outra família.
A menina relatou que os abusos ocorriam sempre de madrugada ou pela manhã, quando a avó saía para trabalhar. Ela não soube contar quantas vezes foi abusada, mas que isso ocorria desde quando mudou para a casa da avó. Segundo a mãe e a filha, a avó foi informada sobre os abusos, mas disse que resolveria do jeito dela e colocaria câmeras no imóvel.
Na manhã do dia 12, momentos antes de ser preso, o homem teria agredido a garota com tapas e soco porque ela demorou a fazer xixi em um pote de coleta para exames. Já na presença dos policiais, a avó relatou que nunca desconfiou do companheiro, não presenciou nada que o recrimine, e que só colocou a câmera porque a neta era agredida pela filha.
Já o suspeito negou qualquer abuso contra a menina e apenas relatou que a garota não conseguiu fazer xixi para o exame agendado para aquele dia. Conforme a Polícia Militar, em 2017, uma adolescente relatou que foi estuprada pelo suspeito em Caratinga, que naquela época era padrasto dela. Os abusos ocorreram no mesmo formato dos relatos da criança de 7 anos, ou seja, sempre de madrugada ou na ausência da mãe. Essa adolescente contou que era abusada dos 7 aos 10 anos.