O Rio Tanque, que passa pela zona rural de Santa Maria de Itabira, apresenta um nível de água anormalmente baixo neste mês de março de 2025, algo incomum para o período. Além disso, um forte cheiro de peixe morto tem sido sentido nas margens, embora não haja sinais visíveis de peixes na água.
A situação ocorre em um momento de grandes mudanças para o rio. Recentemente, a Vale, em parceria com a Prefeitura de Itabira e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), deu início às obras do Projeto Rio Tanque, que prevê a captação de 600 litros por segundo para abastecer Itabira. A iniciativa faz parte do Plano Diretor Ambiental (PDA) da mineradora e tem como objetivo garantir segurança hídrica para a cidade, além de possibilitar o crescimento sustentável da região.
Lorena, moradora da comunidade do Morro Escuro, compartilhou sua preocupação sobre o baixo nível da água, afirmando que essa situação não é comum para esta época do ano. “O nível do rio estava muito baixo, e isso não é normal para março. Sempre conhecemos o comportamento do rio, e algo estava diferente. O cheiro forte de peixe morto também estava insuportável, é muito triste para a gente que mora aqui", afirmou. Contudo, na manhã de domingo (23/03), ela confirmou que o nível da água havia subido consideravelmente, aliviando temporariamente as preocupações.
As obras, que devem durar cerca de três anos, incluem a construção de uma adutora de 25 quilômetros, estações de bombeamento e uma Estação de Tratamento de Água (ETA). A expectativa é de que, após a conclusão, o novo sistema seja operado pelo SAAE de Itabira. No entanto, ainda não há informações detalhadas sobre possíveis impactos ambientais na região de Santa Maria de Itabira.
Enquanto a comunidade observa as mudanças no Rio Tanque, a expectativa é que os órgãos responsáveis forneçam mais esclarecimentos sobre a situação e possíveis medidas para minimizar eventuais consequências ambientais.