Um caso perturbador de invasão de privacidade e extorsão digital foi esclarecido pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em Itabira, na região Central do estado. Um homem de 48 anos foi indiciado após ser identificado como o autor da gravação ilegal de uma mulher de 42 anos enquanto ela tomava banho, além de ter ameaçado a filha dela, de 21 anos, para obter vídeos íntimos.
Segundo informações da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Itabira, o suspeito utilizou um aplicativo de mensagens para enviar à jovem o vídeo da mãe, feito sem autorização. Na sequência, ele exigiu que a filha enviasse imagens íntimas dela própria, sob ameaça de divulgar o vídeo da mãe nas redes sociais.
A investigação teve início em meados de 2024 e contou com trabalho técnico detalhado para identificar o autor das mensagens, que inicialmente se escondia atrás de perfis anônimos. Durante cumprimento de mandado de busca, a polícia apreendeu o celular utilizado no crime, o que reforçou as provas contra o suspeito.
O delegado João Martins Teixeira explicou que o homem foi formalmente indiciado por tentativa de estupro, exposição da intimidade e divulgação de cena de nudez. “Trata-se de um exemplo claro do chamado estupro virtual, onde o autor busca satisfazer interesses sexuais por meio de ameaças nas redes sociais”, afirmou.
O caso agora segue para a Justiça, onde o homem poderá responder pelos crimes cometidos. A Polícia Civil reforça a importância de denunciar esse tipo de violência e alerta que o anonimato digital não impede a responsabilização criminal.