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Ato protesta contra remoções e pelo direito à moradia em São Paulo

Movimentos pedem mesa de negociações com prefeitura e governo estadual

Por: Redação Fonte: Agência Brasil
11/06/2025 às 20h11
Ato protesta contra remoções e pelo direito à moradia em São Paulo
© Paulo Pinto/Agência Brasil

Centenas de pessoas realizaram nesta quarta-feira (11) um protesto, no centro da capital paulista, em defesa do direito à moradia e contra despejos . O ato teve participação de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do Movimento pelo Direito à Moradia (MDM), da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo, da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam) e da campanha Despejo Zero.

Com bandeiras, camisetas e adesivos, o grupo caminhou até a sede da prefeitura, acompanhado de um carro de som. Lideranças dos movimentos cobraram que gestões municipal e estadual abram mesas de negociação, criticaram ações policiais truculentas na remoção das famílias da ocupações e que as comunidades irão às ruas pelo direito de ter moradia digna.

O tema de habitação ganhou proeminência na capital paulista após o desmanche da Favela do Moinho . O governo paulista pretende transformar o local em um parque e em uma estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As alternativas de moradia ofertadas, pela gestão estadual, às famílias que viviam no local foram alvos de críticas e protestos dos moradores . Após pressão da comunidade, o governo federal e a gestão de São Paulo firmaram acordo para garantir que os habitantes da Favela do Moinho possam comprar imóveis de até R$ 250 mil. O governo federal condicionou que não pode haver violações dos direitos dos moradores nas remoções.

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Outro caso é o da comunidade do Jardim Pantanal, que perdeu parcial ou totalmente as casas por causa de enchentes , além de ter enfrentado episódios de violência quando os moradores tentavam efetuar cadastro para receber benefícios.

Em entrevista à Agência Brasil , a doméstica Maria dos Remédios Gomes que mora, atualmente, na Ocupação Jorge Hereda, que foi formada durante a pandemia de Covid-19 e está localizada perto do Parque do Carmo, zona leste da capital, conta que antes morava em imóvel alugado, mas não conseguiu mais pagar o valor. Seu último endereço era próximo ao local onde vive agora, em Itaquera.

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"Tem uns vizinhos meus que já moraram muito em ocupação. Aí, eu só acompanhei, cheguei através deles", relata ela, que mora com a filha de 35 anos.

Maria Gomes, que é maranhense e completou quatro décadas morando em São Paulo, diz que, embora considere legítima a luta por manter a ocupação, gosta de pensar que a situação em que se encontra é apenas provisória.

"Quero ter minha casa própria, porque viver em ocupação não é bom para ninguém. Tenho medo de tudo, porque hoje a gente tem onde ficar e no dia seguinte não se sabe o que vai acontecer", afirma, destacando o receio de operações policiais que possam remover as famílias.

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