Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, foi transferido nesta quarta-feira (13/08), para o Presídio de Caeté após ter sua prisão convertida de temporária para preventiva. O crime ocorreu no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte. O sigilo do caso, que inicialmente seria mantido, foi retirado.
A audiência de custódia aconteceu na Central de Audiência de Custódia da Comarca de Belo Horizonte (CEAC/BH), no bairro Lagoinha, e teve início às 8h30. O juiz Leonardo Damasceno decidiu suspender o segredo do procedimento na noite de terça-feira (12/08).
A Polícia Civil, responsável pelas investigações, confirmou preliminarmente a autoria de Renê Júnior no homicídio. “Com base nas provas reunidas até o momento, podemos confirmar a autoria do fato. Por isso, ratificamos a prisão e representamos pela conversão em preventiva”, afirmou o delegado Evandro Radaelli. Testemunhas reconheceram o suspeito, o trajeto do veículo foi identificado, e a placa conferiu com o carro do empresário, apontando para ele como único responsável pelo crime.
Segundo a investigação, o conflito começou quando o caminhão de lixo bloqueava parcialmente a rua. Irritado, Renê teria feito ameaças à motorista do caminhão antes de atirar contra Laudemir. Ivanildo Lopes, sócio da empresa de limpeza urbana, relatou que o suspeito apontou um revólver para a motorista e disse que mataria todos se o carro fosse encostado. Mesmo após o veículo ter passado, Renê saiu do carro e disparou contra o gari, atingindo o abdômen da vítima, que não resistiu aos ferimentos.
O corpo de Laudemir foi enterrado na tarde de terça-feira (12/08) no Cemitério Glória, em Contagem, na Grande BH. Durante o velório, a família prestou homenagem ao trabalhador. A enteada Jéssica França, vestindo o uniforme que ele usava diariamente, destacou a dedicação do padrasto ao trabalho. “O Lau era muito feliz no que fazia. Morreu fazendo o que amava”, disse, emocionada.
A audiência de custódia tem como objetivo garantir que a prisão seja legal e avaliar a necessidade de medidas cautelares, além de verificar eventual ocorrência de maus-tratos, conforme definido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).