
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), voltou a dizer que não haverá aumento da tarifa de ônibus na cidade neste ano. Ele falou com a imprensa após se reunir com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), Raul Lycurgo, na manhã desta quinta-feira (9).
"Ainda não chegamos em números. Nós estamos tentando de toda forma que não haja aumento para o usuário. Neste ano eu tinha dito que não ia acontecer, e obviamente não vai acontecer, nós já estamos caminhando para o final de dezembro", disse Kalil.
O prefeito disse que o Executivo está trabalhando para fechar um acordo com as empresas de ônibus na Justiça e, depois, apresentar para a Câmara Municipal de Belo Horizonte.
"Eu espero que todos pensem na população de Belo Horizonte, uma proposta justa, que não acarrete em um custo muito grande para a prefeitura, porque ela não tem, ela tem que desviar dinheiro. Desvio de dinheiro que eu digo é de uma coisa para a outra, e eu não quero fazer isso, mas nós temos que enfrentar. O problema é grave", afirmou Kalil.
A Prefeitura de Belo Horizonte participou, nesta quarta-feira (8), de um encontro em Brasília com prefeitos de outras cidades com mais de 100 habitantes que possuem transporte público para tratar da possibilidade de um subsídio federal para o serviço.
"O problema atinge o Brasil inteiro. Toda gratuidade no ônibus sai do bolso do catracado, o que paga a passagem, e isso não é justo. Se a lei federal exige gratuidade, o governo federal que banque. O que não é certo é que toda essa gratuidade caia na tarifa, porque o pobre, o povo sofrido, é que está pagando a gratuidade", disse o prefeito.
Segundo o presidente do Setra-BH, Raul Lycurgo, a gratuidade para idosos, pessoas com deficiência e outros públicos gera gastos de R$ 8 milhões. Ele defende que esse valor seja custeado pelo município.
"Não dá para continuar onerando, porque, quando se onera o serviço público, quem está pagando é o povo que está usando, porque tudo está na tarifa. É hora de desonerar ao máximo para que a gente possa tirar esses encargos da população, fazer com que esse serviço seja barateado para que a gente possa ter uma tarifa mais módica", falou.