
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a denúncia de um estupro que ocorreu dentro de uma boate na Savassi, Região Centro-Sul Belo Horizonte. Uma jovem de 20 anos disse à polícia que um segurança do estabelecimento é o responsável pelo crime.
Um boletim de ocorrência foi registrado nessa terça-feira (14), quando a vítima procurou a delegacia com o pai. Ela contou à polícia que, na noite de segunda-feira (13), foi até o espaço comemorar o aniversário da irmã.
A jovem disse que foi ao banheiro e que, neste momento, foi abordada por um segurança, que a beijou.
Na versão da mulher, em um primeiro momento, ela disse ao homem que "queria apenas o beijo e mais nada". No entanto, ela contou que o funcionário do estabelecimento a beijou novamente, dessa vez sem seu consentimento, e que a estuprou em seguida.
Após os abusos, a jovem disse que conseguiu sair do banheiro e foi embora da boate.
A mulher contou à polícia que se lembrava apenas de "pequenos lances" do que aconteceu na noite, mas, uma amiga da irmã dela, que viu o suspeito, se lembrou das características físicas do homem.
Em nota, a Polícia Civil apenas disse que "instaurou inquérito policial e diligências estão sendo realizadas pela Delegacia Especializada de Investigação a Crimes Sexuais".
Os familiares da vítima não quiseram falar com a reportagem. No entanto, a advogada da vítima disse que estão "investigando" o ocorrido.
"Nós estamos tomando todo o cuidado, ontem foi registrado o boletim de ocorrência, a vítima passou por exames no Instituto Médico-Legal e foi a um hospital, onde recebeu medicação preventiva. Estamos com a investigação defensiva buscando elementos que possam corroborar com a polícia", explicou a advogada Alexia Normand Mageste.
O que diz a boate
O diretor da boate DDuck, que pediu anonimato na reportagem, contou que "tomou conhecimento dos fatos pela imprensa" e que a boate ainda não foi procurada por "nenhuma parte envolvida ou pela polícia".
O representante do local disse ainda que está "averiguando" os fatos e conversando com funcionários que trabalharam na segunda-feira.
Apesar de não ter câmeras de segurança nos banheiros, outras áreas da boate possuem equipamentos de monitoramento e, segundo ele, "as imagens serão disponibilizadas às autoridades policiais, se necessário".