O governador Romeu Zema participou, nesta quinta-feira (2/10), em Montes Claros, no Norte de Minas, da cerimônia de encerramento do Exercício Simulado de Atendimento a Foco de Febre Aftosa, uma iniciativa do Governo de Minas , por meio do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) , em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Foram dez dias de simulação com as equipes do IMA, de órgãos de defesa sanitária de outros 21 estados e de representantes de países sul-americanos.
Na ação, todos os protocolos de controle e erradicação previstos no Plano de Contingência para Febre Aftosa, nos níveis tático e operacional, foram colocados em prática para reforçar as providências a serem tomadas em um eventual surgimento de foco da doença.
O chefe do Executivo mineiro destacou a importância da iniciativa, que mostra a preocupação e o cuidado que o poder público tem para prevenir a doença.
"Uma simulação como esta é de fundamental importância, porque é neste tipo de treinamento que se pode detectar se algo não funcionou 100% e fazer ajustes. É algo que deve ser feito periodicamente para que o estado continue sendo referência em segurança sanitária", enfatizou Romeu Zema. | ||||
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Em maio deste ano, o estado de Minas Gerais foi declarado Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Desde 1996, não há registros da doença em território mineiro.
Durante o evento, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento , Thales Fernandes, ressaltou a importância dos investimentos do Estado na defesa agropecuária para alcançar esse resultado, incluindo o concurso público do IMA e melhorias em equipamentos.
“Eu vejo que isso reflete em números muito maiores, porque a retirada da vacinação contra a febre aftosa economizou para os nossos produtores R$ 700 milhões por ano, não só na aplicação da vacina, mas no manejo do gado, e isso é renda no bolso do produtor”, afirmou Thales Fernandes.
Simulado em Montes Claros
A cidade de Montes Claros foi escolhida para o simulado por sua relevância no cenário pecuário mineiro. No exercício, todas as etapas seguiram a dinâmica de uma situação real: a partir da notificação de um caso suspeito, fiscais do IMA foram à propriedade para coletar amostras de animais com sinais clínicos característicos, como febre, aftas na boca e nas patas, salivação excessiva, claudicação (manqueira) e queda na produção de carne e leite.
Durante os dez dias do exercício, duas notificações simuladas foram registradas, em Montes Claros e Capitão Enéas. A partir delas, foram instaladas barreiras sanitárias, identificados casos prováveis e confirmados quatro focos fictícios por critério clínico-epidemiológico. As ações também envolveram atividades de educação sanitária e comunicação social, fundamentais para engajar produtores e sociedade.
“Hoje, nós coroamos uma longa trajetória na qual, a partir do trabalho técnico no campo e dos investimentos que este governo trouxe na área da defesa agropecuária, tivemos a oportunidade de demonstrar nossa capacidade de um atendimento a foco de febre aftosa”, reforçou a diretora-geral do IMA, Luiza de Castro.
“Isso não é pouco, e mostra que nós estamos aptos a estar na vida cotidiana de cada cidadão mineiro ao garantir um alimento saudável, nutritivo e diverso na mesa de todos, ao mesmo tempo em que somos a referência de confiança dos países mais exigentes para ampliação dos mercados internacionais”, afirmou.
Pioneirismo do IMA
Uma ação inédita no simulado foi o uso de um aplicativo desenvolvido especialmente para o atendimento de emergências sanitárias. Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), o app funciona como uma rede social de emergência sanitária. Uma coordenação publica as atividades e atualizações, permitindo que os usuários tenham acesso a mapeamento de zonas de foco, divisão de equipes, distribuição de tarefas, material de apoio e instruções gerais.