PM é preso em BH suspeito de participar de assassinato de manicure em Muriaé

Um cabo da Polícia Militar foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais nessa terça-feira (17) suspeito de ter participado de crime em Muriaé, na Zona da Mata, que resultou na morte da manicure Nayara Andrade, de 34 anos, em 1º de junho deste ano. O militar foi preso no batalhão em que trabalha em uma ação conjunta do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com a Corregedoria da Polícia Militar. 

De acordo com a Polícia Civil, o cabo auxiliou o sargento, que é primo da vítima, na execução do crime. O objetivo era receber indenizações relativas a seguros de vida contratados por Nayara em valores que ultrapassavam dos R$ 15 milhões.

Segundo inquérito, o sargento teria comprado um veículo em Belo Horizonte e realizado os disparos que acertaram Nayara de dentro do carro. O cabo preso nessa terça teria auxiliado o sargento de modo a evitar a identificação deles. O Ministério Público avaliou que o militar “prestou mais do que um favor ao amigo, tendo colaborado efetivamente para a trama.”

O militar preso ficará à disposição da Justiça Criminal da comarca de Muriaé. A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar de Minas Gerais e aguarda retorno.

Relembre

Nayara Andrade, de 34 anos, foi assassinada pelo primo, um sargento da policial militar, em Muriaé, na Zona da Mata, no dia 1º de junho enquanto trabalhava no salão de beleza dela, na rua Belisário, no bairro Barra. Ela chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos. 

Antes de morrer, a vítima, que foi atingida cinco vezes nas pernas. Ela chegou a ser socorrida com vida e disse que tinha sido vítima de um roubo. Na versão dela, um homem desembarcou de um veículo sem placa, pediu o celular dela e deu cinco tiros atingindo as pernas e tórax da mulher, que morreu um dia após ser internada. 

Conforme investigação da Polícia Civil, o militar teria cometido o crime e forjado documentos para receber indenizações relativas a seguros de vida contratados pela prima em valores que ultrapassavam  dos R$ 15 milhões. O militar foi preso.

Um outro homem de 39 anos suspeito de ter envolvimento no crime também foi preso. Ele era morador de Santa Luzia, cidade na região metropolitana de Belo Horizonte. 

Por Natália Oliveira e Carolina Caetano